sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A PRÁTICA DA MORDOMIA NAS OFERTAS VOLUNTÁRIAS




Texto Básico: Êx 35.4-9  “Tomai de entre vós uma oferta para o Senhor; cada um cujo coração é voluntariamente disposto a trará por oferta alçada ao Senhor: ouro, prata e bronze...” (v. 5).

Texto Áureo: Êx 22.29
Texto Devocional: Êx 36.2-7
INTRODUÇÃO
Enquanto a matemática do mundo é movida pelo que se vê, a matemática de Deus é movida pela fé. A filosofia do ho­mem natural é baseada no ter ou não ter. Quanto mais tem, melhor. Jesus ensina que é dando que se recebe. Para termos uma boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, é neces­sário que em nós haja o mesmo espírito que houve em Cristo Jesus (Lc 6.38; Fp 2.5-8). Jesus curou, confortou, multiplicou pães, deu-se a si mesmo por nós.
Uma coisa é certa: Quanto maior for a espiritualidade de um crente, maior será a liberalidade com que contribuirá para a causa do evangelho.
Grande parte do que tem sido realizado no reino de Deus na terra é porque homens de Deus têm ofertado liberalmente. E muito mais tem deixado de ser feito por faltar recurso, devi­do à falta de visão de muitos, que podem, mas nada fazem em prol da causa do Senhor.
Busque ser um mordomo fiel, para a glória do Senhor.

I.      O FUNDAMENTO DAS OFERTAS NAS ESCRITURAS

A)   Havia diferentes tipos de ofertas na lei de Moisés:
1.    Ofertas pela culpa, ofertas pacíficas, ofertas de manjares, ofertas movidas, ofertas queimadas. 
2.    Mas esta lição não visa focali­zar tais tipos de ofertas, mas a OFERTA DE FÉ, para o sustento da obra de Deus. 
3.    As ofertas pelo pecado foram requeridas por Deus e tinham base no seu plano redentor em relação ao homem, criado à sua imagem e semelhança. O primeiro homem caiu e com ele toda a raça humana (Rm 5.12,18).
4.    Por isso, até que Gn 3.15 se cumprisse, Deus instituiu tais ofertas para que, através delas, os homens pudessem voltar a ter comunhão com Ele. E só eram aceitas se feitas de acordo com as determinações estabelecidas na lei (Lv 17.11; Hb 9.22).

B)   Ofertas para o custeio da obra de Deus. O dinheiro dos dízimos tem um fim determinado: “para que haja mantimento…” (Ml 3.10).
1.    Logo, os dízimos são para o sustento da igreja. Dízimo é para prover mantimento, isto é, sustento para o ministério, para os pobres, para os missionários. En­tão, para que são as ofertas? Oferta é para fim específico: aquisição de propriedade, construção, compra de veículo etc. O dinheiro de oferta não deve ser desviado do seu objetivo: se foi levantado para compra de terreno, use- o para comprar o terreno; se foi para comprar instrumentos musicais, não o desvie para construir templo. O desvio do dinheiro da oferta desestimula o povo a contribuir.
Oferta não é coisa sem importância. Ofertar é tão importante, que Deus disse: “Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas” (Ml 3.8). Ora, se não dando ofertas estamos roubando a Deus, ofertar é tão importante quanto dizimar.
O significado da oferta. A oferta revestia-se de uma simbologia, apontando para Cristo, a verdadeira oferta (Hb 10.10). Por isso, deveria ter certas características, como: “Se a sua oferta for holocausto de gado, trará macho sem defeito” (Lv 1.3). Ao receber a bênção, o povo deveria dar oferta ao Senhor (Nm 15.19; 31.48-54). Mas Deus não aceita oferta associ­ada à desobediência (ISm 15.22; SI 51.16,17); “Não continueis a trazer ofertas vãs” (Is 1.13a); o imundo é abominação ao Senhor (Ml 1.6-14). Alguns israelitas estavam oferecendo animais defeituosos ao Senhor. Então, o Senhor disse: “Ora, apresenta-o ao teu príncipe; terá ele agrado em ti? Ou aceitará ele a tua pessoa? – diz o Senhor dos Exércitos” (Ml 1.8).
2)  UM GRANDE EXEMPLO DE LIBERALIDADE

O melhor exemplo sobre oferta para a obra de Deus é o da construção do Tabernáculo, no deserto, pelos filhos de Israel.
Moisés pediu ao povo que ofertasse. “Esta é a palavra que o Se­nhor ordenou, dizendo: Tomai, do que tendes, uma oferta para o Senhor; cada um, de coração disposto, voluntariamente a trará por oferta ao Se­nhor” (Ex 35.4b-5a). Agora, veja a lista do material que deveriam ofertar (vs.5-9).
O povo ofertou com Iiberalidade incomum. Os homens hábeis contratados para a construção do Tabernáculo examinaram o material rece­bido. Viram que toda manhã as pessoas traziam mais. Então, foram a Moisés e disseram-lhe: “O povo traz muito mais do que é necessário para o serviço da obra, que o Senhor ordenou se fizesse” (Ex 36.5); “Assim o povo foi
proibido de trazer mais” (v.6c). Que belo exemplo para nós hoje!
Este exemplo pode ser aplicado à igreja. Como foi importante aquela oferta, com um fim específico, assim também na igreja, hoje, temos necessidade de ofertar: a) para construção de templos; b) para comprar instrumentos musicais; c) para compra de aparelhos de som; d) para manter programa de rádio e televisão; e) para missões nacionais e mundiais; f) para aquisição de bens em geral, de uso da igreja. Jesus elogiou a oferta da viúva pobre, porque ela “da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento” (Mc 12.41-44). Às vezes, vemos irmãos dando uma migalha como oferta e dizendo que “é a oferta da viúva pobre”. Mas estão mentindo. Dar a oferta da viúva é dar tudo!
CONCLUSÃO
Ao concluir este estudo, queremos deixar as seguintes reflexões:
Deus está interessado, em primeiro lugar, na entrega de sua vida a Ele e não no seu dinheiro. Certo jovem, durante a entrega das ofertas, deitou-se sobre a bandeja . O pastor, admirado e sem entender, perguntou-lhe por que fez isso e ele respondeu: – E porque não tenho dinheiro para oferecer. Por isso, ofereço a minha vida a Deus.
O mundo está aí, diante de nós, cada vez mais necessitado de ouvir as boas novas de salvação. O custo da obra é grande e não podemos menos­prezar o preparo e o envio de obreiros para os campos. Nossas ofertas missionárias têm sido um vergonha!. Vamos mudar este quadro?
Se os membros das igrejas fossem todos fiéis nos dízimos e nas ofertas, depositando-os cada um no gazofilácio da igreja onde congrega, essa igreja não precisaria buscar recursos fora dela para realizar seus projetos. Estou experimentando esta bênção. Tome posse você também da mesma experi­ência. Seja você fiel e a bênção será primeiro para você, pois Deus honra a sua Palavra.
Finalmente, desejamos que todos tenham sido abençoados com o estu­do. Abençoados por conhecerem agora muito mais sobre mordomia nas ofertas voluntárias. E abençoados por serem agora muito mais fiéis como mordomos do Senhor.
PERGUNTAS DA LIÇÃO
Há muitos tipos de ofertas na Bíblia.
·         Qual deles foi alvo desta lição?
·         Por que sonegar oferta é roubar a Deus?
·         Qual a diferença da destinação dos dízimos e das ofertas?
·         Que grande exemplo os israelitas nos legaram com as ofertas para o Tabernáculo?
·         Qual a razão pela qual Jesus elogiou a oferta tão pequena de uma viúva?