sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

UM SONHO CONQUISTADO NA PERSEVERANÇA

Texto: Salmo 126:1-6

“Restaura, Senhor, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe” (Sal 126:4).
 
Introdução: Este é um salmo predileto do povo cristão, é um salmo que fala sobre restauração, de alegria de júbilo. E a Palavra de Deus nos convida a vivermos assim, alegres. Por exemplo: “Alegrai-vos sempre no Senhor e outra vez vos digo, alegrai-vos”.
     Esse desafio de prevalecer alegre em toda e qualquer situação, é um desejo de Deus para nós, a Escritura é clara: Deus deseja que os Seus filhos vivam alegres.
     Quem compôs este salmo expressou muito bem o sentimento do povo de Deus, depois que a nação de Israel foi liberta do cativeiro babilônico.  Ele começa falando da restauração do cativeiro, uma referência a libertação.
     O Neguebe é uma região desértica, que fica no sul da Palestina, abaixo da linha das cidades de Belém e Hebrom.
     Durante a estação chuvosa da região, especialmente na fase quando caem as chuvas torrenciais ou chuvas serôdias, as águas escorrem pelos montes até atingirem o deserto do Neguebe.
     As águas abundantes formam vários riachos que regam a área seca e, em poucos dias, o lugar que era feio, solitário e sem vida ganha outro aspecto. Os campos tornam-se úmidos e floridos, cobertos pela vegetação.
      A VIDA DO LUGAR É RESTAURADA – v. 4. Os animais retornam e a paisagem torna-se bela.
      Com essa figura na mente, em meio ao louvor e gratidão a Deus, o salmista resolve ORAR intensamente pela continuidade da obra de restauração do Senhor.

I.           UMA VIVA MARCA DA RESTAURAÇÃO   (v. 1-4).

A)  O povo tinha retornado da Babilônia feliz por conta da libertação do cativeiro, mas perplexo diante da terra devastada que encontraram.
a)   Os muros estavam derribados, assim como as casas e o templo e, por isso, não se podiam discernir as vozes de alegria das vozes do choro do povo  (Ed 3.12-13).
b)   O salmista inspirado pelo Espirito de Deus escreve o Salmo nesta situação:
1.   Ele olha pra trás, vê a restauração, vê como Deus mudou a vida do Seu povo, libertou o Seu povo, ele relembra o sentimento que eles tiveram naquele dia, a alegria que sentiram quando chegou a notícia de que eles podiam voltar a sua terra.
2.   Ele olha pra situação presente, as dificuldades, os inimigos em volta sem querer que eles reconstrua Jerusalém de volta, muitos se levantavam contra eles para impedir de levantar os muros. Então, ele ora para que Deus termine a restauração e ao mesmo tempo o salmista olha para frente, para o futuro quando Deus há de trazer a restauração completa para o Seu povo.

Choro e riso. Uma mistura nesses versos. Riso pelo retorno (nossa boca se encheu de riso), mas choro pela destruição (quem sai chorando). Choro enquanto semeia e alegria na colheita.
  • O mesmo povo restaurado precisa ter perseverança para continuar semeando para a  conquista. Podemos perceber nesse versículo três grandes marcas da perseverança.

B)  Assim como o semeador semeia com lágrimas e colhe cantando alegremente, Israel realizou o ideal da restauração.
1.   Enquanto chora as perdas e revezes, não paralisa, nem fica intimidado, ou desanimado.
2.   Mesmo enquanto chora, mantem-se andando, firme na caminhada, virando a página, mantendo os passos, seguindo a vida.

C)  Encontramos aqui, um padrão, e procedimento de como nós podemos atender a ordem de Deus de vivermos contentes em todo lugar.

Este Salmo 126 fala de Restauração. Ele descreve três períodos na vida do povo de Israel.
1)  O passado (v. 1-3) – Temos uma história de salvação a contar, um passado de glória a agradecer; Veja o que Deus já nos deu e fez em nós, por Cristo.
2)  O presente (v. 4) – Temos um desafio presente a enfrentar, um presente de crise, lutas;
3)  O futuro (v. 5,6) – Temos um investimento futuro a fazer: um futuro de investimento e promessa do Deus eterno, que não falha.

II.        OS LUGARES SECOS DE HOJE PODEM SER FONTES ABUNDANTES DE VIDA AMANHÃ (V. 4)

A) Um passado de glória não é garantia de um presente glorioso.
1.   Eles estão alegres pelas vitórias do ontem, mas ao olharem para o presente, a vida está como um deserto. Ainda precisa lançar a semente, e as vezes há lágrimas.

2.   As vitórias do ontem não são suficientes para hoje.
a)   Temos que andar com Deus hoje.
b)   Temos que ser cheios do Espírito Santo hoje.
c)   Temos que evangelizar hoje.
d)   Temos que investir na família hoje.
e)   Não podemos apenas celebrar as vitórias do passado.

 3.   O mesmo Deus que agiu no passado, é o Deus que age no presente.
a)   O mesmo Deus que restaurou no passado é o Deus que restaura no presente.
b)   O mesmo Deus que tirou o seu povo dos grilhões da escravidão e o restaurou à sua terra, é o mesmo que pode mudar a nossa sorte.

III.     AS MARAVILHA QUE DEU FEZ ONTEM DEVEM NOS INSPIRAR A BUSCAR A DEUS COM MAIS INTENSIDADE HOJE (V.1-3

A)  A INTERVENÇÃO DE DEUS É MAIOR QUE A NOSSA EXPECTATIVA (V.1)
a)   O povo tinha perdido a liberdade, a Pátria, o templo, a família, o culto, as festas. O cerco, a fome, a espada, o opróbrio, a escravidão assolava. 

1.   A intervenção de Deus produz alegria indizível (v. 2).
2.   Setenta anos (70) de escravidão havia chegado ao fim – agora estavam voltando para casa – a bênção era grande demais que enquanto arrumava para regressar parecia que estavam sonhando.

B) A MARCA DO ALEGRIA NA COLHEITA  (v. 5,6).
  •     Em geral a semente é pequena, mas muito poderosa, pois contém todo o DNA de sua espécie.

1.   Na vida, pequenas atitudes são sementes para o que colheremos no futuro.
2.   Semeamos com trabalho, com palavras e com atitudes. Boas sementes, bons frutos. Más sementes, abrolhos e espinhos.
3.   Boas ou más, depois de lançadas no terreno do coração, sementes criam raízes e tornam-se difíceis de se arrancar.
4.   Às vezes, uma única semente poderá produzir inúmeras colheitas. Outras vezes, somente uma colheita.
5.   Por isso, é preciso discernir o tipo da semente para cada estação da vida e estar disposto ao plantio uma ou diversas vezes.
6.   Um sorriso, uma oração, uma palavra doce, um abraço, um momento de silêncio, um olhar compassivo. Como diz a Palavra: Aqueles que são pacificadores plantarão sementes de paz e colherão uma seara de bondade (Tg 3.18).

7.   Em Cristo somos convidados a semear tudo de bom da Palavra a semente que uma vez plantada em terra apropriada germina, para produzir fruto para a vida eterna (salvação) (Mateus 13.3-23).

CONCLUSÃO: O povo que persevera tem a marca da alegria da colheita (voltará com júbilo, trazendo os seus feixes).
    “Semeia pela manhã a tua semente e à tarde não repouses a mão, porque não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas” (Ecl 11:6); 
    “O que semeia justiça terá recompensa verdadeira, terá um galardão certo”  (Pv 11:18). 
    A boa notícia no reino de Deus é que não colhemos somente do que semeamos. Colhemos as semeaduras de pessoas que nos influenciaram, abençoaram, intercederam por nós. Melhor ainda: colhemos da semeadura da graça de Cristo sobre nossa vida.
     Perseverança é andar, mesmo enquanto chora, semear em todo tempo e colher com alegria os feixes do que se semeou. Somente assim nossos sonhos serão conquistados.

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